INTERVIEW - CONVERSA COM ROBERTO MOREIRA

Campeão no último final de semana dos rápidos no Grêmio (na imagem recebe o troféu das mãos do botonista Claudio Carvalho), Roberto Moreira na semana anterior foi vice-campeão dos cavados também no Grêmio. Campeão Gaúcho por Equipes em 2007, e semifinalista este ano, também foi semifinalista de um Centro-Sul Brasileiro. Polêmico muitas vezes, diz o que pensa sem meandros, e a sua franqueza é mal interpretada por alguns. Tal trajetória diz respeito a um jogador de qualidade, competitivo, e que ao retornar ao Tricolor nas condições citadas, torna-se um técnico em evidência do esporte na capital. Impedido de jogar o Metropolitano com a camisa do clube por um regramento de última hora, competição que acontecerá nos próximos dias, fala de seu caminho no Futmesa, de algumas de suas lembranças, de escolhas, opiniões e de seus objetivos. O Grêmio recupera um excelente jogador, que agora fala com os internautas no Gothe Gol.

Nome completo ?
Roberto Krumenauer Moreira.

Data de nascimento e local ?
Em 29 de julho de 1981, em Porto Alegre.

Quando começou a jogar futebol de mesa ?
Desde os 7 anos.

Quando começou a jogar a regra brasileira ?
Em 95 ou 96. Então parei por alguns anos. Voltei em 2005 definitivamente.

Quais os clubes em que atuou na regra brasileira ?
Em 95/96 pela Metropolitana. Já em 2005/2006 pelo Grêmio. No ano de 2007, e metade de 2008 pela Franzen. Agora voltei ao Grêmio.

Qual sua partida inesquecível ?
A final por Equipes de 2007, jogo muito difícil contra o Gilvani de Passo Fundo, ele é um grande botonista, fiz um jogo impecável, era a segunda vez que nos enfrentávamos naquela competição, e novamente empatamos. Mas este resultado nos dava o título. Jogo inesquecível, primeiro grande título que conquistei.

Qual o gol inesquecível ?
O gol inesquecível foi no Brasileiro na Bahia, do ano passado, quartas-de-final, jogo contra o carioca Hércules. Ele jogava pelo empate, tinha a melhor campanha e não havia sofrido nenhum gol. Ele foi atrasar uma bola, ela ficou curta, bem perto do bico da pequena aréa, eu tinha um botão na linha de fundo perto da linha lateral da grande aréa, ele tinha um botão na posição de centro-médio. Pedi a gol, ele colocou o goleiro bem no bico para tapar a bola para que se eu errasse, fizesse a falta. Mas sobrava meia bola, dei um corte preciso nela, que estourou no botão dele e voltou para o gol. Com a força que bati, joguei até o goleiro para dentro do gol. Foi o 1 x 0, inesquecível gol. No entanto o jogo não, que acabando 1 x 1 o classificou. Vale lembrar que foi o único gol que ele sofreu na competição.

Qual seu principal clássico (adversário) ?
Clássico para mim é aquele jogo que você fica mais motivado, então......na Franzen havia o Careca, um clássico (sempre com muito respeito). No Grêmio não tem ninguém, gosto muito de jogar contra o Carlos Alberto Kuhn, muito motivante, e espero que vire definitivamente um clássico, pois ele sempre chega nas competições do Grêmio.

Qual o título mais importante ?
Estadual por Equipes 2007. Por enquanto !!!!!!!!

Quais foram as outras premiações ?
A 3ª posição no Centro-sul Brasileiro 2006, Campeão dos 236 anos de Porto Alegre 2008, várias premiações no Grêmio e na Franzen.

Na sua opinião, qual os 3 principais jogadores da atualidade no Futmesa Gaúcho ?
Em ordem, Alex Degani, Marcelo Vinhas e Luiz Machado (Careca).

Quais os 3 nomes mais competitivos do Grêmio hoje ?
Em ordem, Carlos Alberto Kuhn, Ricardo Gothe e Luis Márcio.

Depois da suspensão sofrida no Grêmio por 6 meses, a sua ida para a Franzen foi para manter-se jogando, ou a idéia era naquele momento trocar em definitivo de clube ?
A idéia principal era respirar novos ares e ir para um local onde eu pudesse aprender e crescer. Não tinha local melhor do que a Franzen, um ambiente maravilhoso, me acolheram muito bem. Se não tivesse ido para lá, não jogaria durante aquele tempo.

Por que retornou ao Grêmio mesmo depois de conquistar bons resultados na Franzen ?
Voltei porque quero ajudar o Grêmio a crescer, ser respeitado no Futebol de Mesa e porque tenho amigos ali também, me sinto bem jogando no Grêmio. Quero, quem sabe um dia, ganhar um título importante para o Grêmio.

Na hora de decidir, o que é mais importante ?
Técnica ou eqüilíbrio emocional ?
Acredito que as duas necessidades caminham juntas, 50% x 50%, mas na hora da decisão fica mais para o emocional, uns 60%.

Régua ou ficha ?
Jogo desde os 7 anos de ficha, mas aprendi que pelo menos cavar e chutar a gol tem que ser de régua.

Cavados ou rápidos ?
Cavados, é muito mais difícil.

Qual a competição que mais gosta de jogar ?
Equipes, Individual ou Taça RS ?
A Taça RS. O mais bonito é o Equipes.

O objetivo é fechar a Temporada 2008 já como o primeiro do Ranking Gremista nos cavados, ou acredita que precisará de um pouco mais de tempo para ter a condição de brigar por esta liderança ?
Vou tentar ser campeão de todas as competições, mas é difícil ser o primeiro do ranking, se conseguir vai ser no lucro.

Neste retorno ao Grêmio, você foi comunicado que por uma questão de carência normalmente aplicada a competições oficiais da FGFM, não poderá integrar a Equipe do Grêmio, onde estava até mesmo escalado para jogar o Metropolitano. Acredita que acabou atingido por uma medida que visava outras situações, ou que além disso, deixá-lo de fora foi uma das intenções da decisão do grupo que organiza o campeonato ?
É difícil de entender esta situação, todas as medidas buscam a plena organização do futebol de mesa, mas isso pode afastar as pessoas que estão querendo retornar ou até mesmo começar, pois este campeonato não vale ranking, não dá vaga para nada, é na realidade um integração feito pelas entidades metropolitanas. Sinto-me um pouco atingido, pois nunca existiram esses critérios, e foram começar agora com isso, é complicado !

Acredita que está correta a medida adotada, ou que é um erro de quem não possui a visão de aproveitar uma competição não oficial para promover o esporte ?
Acho que a idéia de critérios é correta, mas avisá-los faltando duas semanas é errado. Acredito que deveriam ser feitas algumas excessões nesta edição, deveria haver bom senso, jogo de cintura. Tudo que é tratado com radicalidade faz com que o nosso esporte diminua.

* A imagem foi fornecida pelo entrevistado.