quarta-feira, 10 de novembro de 2010

GOTHE CROMO GOL + ESPECIAL !

Bom dia pessoal da bolinha ! O Gothe Cromo Gol já publicou muitas histórias desde o início desta série.

Nem sempre de craques, Campeões ou ícones, mas também de "modestos" apaixonados pelo Futmesa.

Na semana do Brasileiro em Porto Alegre, guardamos para publicar mais do que um relato de uma história ligada ao esporte, editada pela nossa redação ou mesmo contada na primeira pessoa.

O que vamos ler juntos nesta quarta-feira, é o emocionado depoimento de um Bi-Campeão Brasileiro, que com suas próprias palavras discorre sobre uma vida especial, feita de amigos, de botões, felicidades, de dramas pessoais e de superação.

Impossível contar boa parte da história do Futebol Mesa do Rio Grande do Sul e do Brasil, sem contar a história de Guido Garcia, que aqui sempre chamamos de Guido Stein. 

O Gothe Gol não cometeria a falha de não contá-la. Melhor, vamos deixar que o amigo  e excepcional botonista Guido, alma do esporte, conte esta história para nós todos de uma forma como nunca contou em lugar algum.

Um presente da gentileza de Guido que nós do Gothe Gol agradecemos imensamente, e que certamente todos agradecerão.

" Há quase 60 anos atrás, nos idos de 1951, na cidade de Encruzilhada do Sul nascia mais um menino na família de Ozi e Flavia Stein Garcia. 

Era o quarto de cinco irmãos e uma irmã. Com 13 anos veio para Porto Alegre para estudar.

A primeira residência foi na Rua Mariante, quase esquina da Casemiro de Abreu. Ali conheceu, na casa de Nei Fonseca, a primeira mesa de botão. Era da regra gaúcha. 

A fábrica daquelas maravilhas, de todas as cores, tamanhos e modelos ficava a poucas quadras. A Scharlau era ponto obrigatório para a gurizada. As caixas cheias de botões de camadas, coloridos, as mãos ávidas, a montagem dos times em cima do balcão – tudo isso ficou gravado na memória, mesmo passado tanto tempo. Os campeonatos eram concorridos.

Pouco tempo na Mariante e a mudança para o Menino Deus quase pôs por terra a diversão recém conhecida. 

A residência adquirida pelo pai na rua Rodolfo Gomes era geminada e ao lado morava um rapaz que tinha também uma mesa de botão. Ele tinha um livro de regras e a mesa feita com base nas medidas oficiais. Comecei a notar que mais do que uma diversão, o botão era um esporte devidamente organizado, com regras e entidades oficiais. 

Logo foi confeccionada uma mesa para ter em casa. Nessa época um vizinho que morava a duas casas de distância e que jogava na turma, tinha adquirido uma fábrica de botões. Qual, qual.... adivinhe... A Scharlau....!!!! Nossa!!!! Era muita coisa conspirando a favor do botão.

Fiz com ele o primeiro time oficial padronizado. Apesar da regra gaúcha não exigir a padronização dos times, surgiu um time preto baseado nos botões de casacão que eram moda na época – inclusive com dois furos no meio. E haviam dois cavadores – coisa inexistente na regra gaúcha. Será que já era uma tendência retranqueira que se manifestava ? Tenho essa preciosidade até hoje.

O tempo passou – com 19 anos perdi meu pai – e tive que ir a luta. Fiz concurso e ingressei na Polícia Federal com 21 anos. Fui exercer minha atividade na cidade do Chuí no RS. O jogo de botão ficou adormecido. Mas não tinha sido esquecido. 

Anos depois, em 1987 , já com 36 anos resolvi fazer uma mesa. Não sabia de ninguém que jogasse, mas uma mesa era uma boa opção. Já havia jogado futebol de salão por muitos anos e disputado inclusive um Estadual da série Bronze. Uma lesão no tendão de aquiles havia  me afastado das quadras. Se não dava com os pés, quem sabe com as mãos ?

Recuperei o velho time e coloquei a gurizada para bater uma bolinha – mesmo que não houvesse adversário e público no estádio.

Um dia ouvindo o programa de esportes da rádio local, em Santa Vitória do Palmar, soube que haveria um torneio de botão no ginásio de esportes Cardeal. No dia aprazado lá estava. E comecei a encontrar os amigos do dia a dia, do futebol, do banco, da prefeitura, enfim estavam todos ali.... 

- O que tu faz aqui, perguntava, e também já respondia a mesma pergunta que outro fazia. 

- Mas tu também joga ?

- Claro. 

- Mas como ?

- Ué, tu nunca me perguntou...

O torneio foi um desastre. Qual a regra ? Eu sabia a gaúcha – que para mim era a única. Inclusive ostentava galhardamente o livreto de regras para qualquer eventualidade. Aí veio a tal de “bahiana” ou brasileira. E quem defendia também tinha um livro de regras. Aí a Torre de Babel estava formada. Cada um tinha uma regra oficial. E os times, então....!!!!

Eu tentei jogar. 

A mesa era da brasileira, o adversário era da brasileira e o meu time da gaúcha. Parecia um bando de anões tentando correr no Maracanã. Mas o placar foi só 0x1.

Mas agora eu sabia quem jogava. E tinha muitos amigos. Dali partimos direto para a regra brasileira. Falamos com Jader Rodrigues que jogava na Pelotense e ele nos deu todas as informações que necessitávamos. Fabricantes, livro de regras, associações, Federação, etc...

Mandei fazer um time com o Salatiel em Natal. Para variar, era todo preto. Não sei porque temos essa tendência, né ? Mantemos aquilo tudo que fez parte de nossa vida. Bem, mas isso já é outra história...

Começamos com um grupo de uns 6 amigos jogando em minha casa. Era todos os fins de semana. Minha filha foi despejada do quarto e a mesa solenemente ali instalada. De sexta feira até domingo, era só torneio.

As brincadeiras foram se tornando sérias – os torneios cada vez mais acirrados -  e em breve a notícia correu pela cidade. Resolvemos fundar uma entidade pois na minha casa o pessoal já assistia as partidas na janela. 

Contatamos com Figueira e Aldyrzinho Schlee que foram a Santa Vitória fazer uma partida de exibição. Convidamos várias pessoas e montamos a mesa no CTG da cidade. Foi um show. Os dois deram um espetáculo que ficou gravado na minha retina até hoje. 

Uma técnica incrível, jogadas maravilhosas, aquelas fichas manuseadas com extrema elegância, tiros certeiros por cima do goleiro, no canto, de curta, média ou longa distância, não importava de onde. Aldyr e Figueira souberam representar com maestria o esporte que praticam e angariaram diversos, inúmeros adeptos naquela noite inesquecível. Talvez eles nem saibam disto pois raras são as vezes em que se pode resgatar a história – e essa é uma das oportunidades. Muito obrigado Aldyrzinho Schlee e José Bernardo Figueira. Santa Vitória deve muito a vocês dois.

Fundamos a Associação Santavitoriense de Futebol de Mesa, em 1º de dezembro de 1987. Iniciamos com 35 sócios e chegamos a mais de 60 sócios praticantes nos primeiros anos.

Com o correr dos anos foram surgindo talentos e formamos uns 8 técnicos de técnica refinada. E os títulos começaram a aparecer.

Em 1992 fui eleito Presidente da Federação Gaúcha de Futebol de Mesa. Juntamente com Luiz Alfredo de Boer – diretor técnico – começamos um trabalho de modernização da entidade  introduzindo a informática nas competições, a padronização dos troféus com premiação a altura dos feitos obtidos e rigoroso controle nos regulamentos das competições. Sérgio Oliveira – sempre ele – começava a implantar a uniformidade dos regulamentos das competições que perdura até hoje como modelo de organização em todo o país. 

Consegui trazer para Pelotas o Campeonato Brasileiro de 1996 após árduas discussões junto a Associação Brasileira de Futebol de Mesa. Na minha gestão começou a ser observado com rigor o critério de participação em competições oficiais tanto estaduais quanto nacionais. As vagas eram reservadas para os técnicos de acordo com o ranking gaúcho. 

Com a divisão em liso e cavado, a nossa modalidade começou a ficar em segundo plano. 

Já se perguntaram porque que o “cavado” se chama “livre” no campeonato brasileiro ?

Porque que no livre pode jogar com time liso e no liso não pode jogar com cavado ?

Os gaúchos começaram a participar com mais assiduidade dos campeonatos brasileiros e sul brasileiros e os títulos a se empilharem.

Hoje é tanta a hegemonia que o gaúcho, ávido por novas fronteiras, se aventura na modalidade liso. É um terreno novo e alguns já se atrevem a correr enquanto muitos ainda engatinham. 

Não morrerei antes de ver um gaúcho Campeão Brasileiro da modalidade Liso!!!....

Deus me proporcionou muita alegria – mesmo quando era tempo de chorar. Em 1993, ano do meu primeiro título Estadual Veterano, conquistado em Passo Fundo – cidade natal da FGFM – perdi meu filho André, com 5 anos, num acidente doméstico. Todos os que são pais podem imaginar o que isso significa. O mundo acabara junto com a vida de meu amado filhinho.

Tinha angariado muitos amigos, no entanto. O grupo Bola Branca do qual participava foi pródigo em me ajudar. Meus amigos da ASFM jamais me abandonaram e me convenceram a continuar jogando. Vontade não tinha mais...

Ao sabor do vento ia manuseando a régua num jogo aqui outro ali. Os movimentos eram instintivos – a mente adormecia no sono eterno do meu filho.

Nem sei como acabei indo a Natal em 1994 participar do Brasileiro. E Deus colocou sua mão sobre os meus braços e me conduziu ao primeiro título. Lembro somente do André Marques, Dorival Santos (Bombeiro) e Robson Bauer abraçados em mim no fundo da mesa chorando e todos os participantes, inclusive do liso, aplaudindo e me abraçando. Foi a vitória da superação e da graça divina.

Em 1995, já mais recuperado, fui a Vitória e fiz a final do Brasileiro com Robson Bauer – meu companheiro de associação – e um menino que se criou sob minha responsabilidade, viajando na minha companhia por todos os locais em que jogamos. É um filho que tenho. Um filho do coração. 

Tive a sorte de vencê-lo (acho que ele deixou pois tem uma técnica infinitamente superior a minha). Consegui um feito – o  primeiro gaúcho a ser Bi-Campeão Brasileiro legítimo ou seja, 2 anos consecutivos. Somente um carioca havia conquistado tal façanha – Júlio Nogueira.

A nível Estadual consegui ganhar o Campeonato Estadual Veterano em algumas oportunidades. Além do título de 1993, em Passo Fundo, tive a sorte de conquistar o título de 1995 e 1996, em Pelotas, o de 1997 em Bagé, o de 1998 em Porto Alegre e o de 1999 em Rio Grande.

Com a ótima equipe de Santa Vitória do Palmar alcançamos o título do Estadual por Equipes de 1996 e 1997 em Porto Alegre. Em 1998 por dificuldades que a entidade já começava a apresentar não disputamos o campeonato. Mas em 1999 voltamos a jogar e ganhar, também em Porto Alegre.

A partir de 1999 com as dificuldades que a Associação Santavitoriense de Futebol de Mesa começou a apresentar, parei de jogar. Tive problemas pessoais, me divorciei e passei um período de turbulência na minha vida.

Somente em 2005, com a minha mudança para Canoas comecei a ter novamente contato com o pessoal do futebol de mesa. 

Encontrei o Paulo Schemes que me deu uma ajuda enorme para conseguir superar meus problemas pessoais e de quebra me levou para jogar na Franzen. Era o embrião da turma que hoje forma o Círculo Militar. Recomecei a jogar por um curto período – alguns meses apenas.

Conheci uma catarinense maravilhosa que me devolveu a felicidade e alegria de viver novamente. Com ela moro em Sombrio. Resolvi retribuir de alguma forma a tudo que o esporte me proporcionou. Abracei a confecção de maletas para acondicionar nossas jóias, nossos tesouros – nossos times de botão. Era um segmento em que não havia correspondente. 

Os fabricantes de times se multiplicaram, cada um se esmerando mais e tornando os botões verdadeiras obras de arte. Mas não havia um acondicionamento a altura. As caixas eram velhas, feias e ultrapassadas – inclusive a minha, que tenho até hoje. Casa de ferreiro, espeto de pau, diz o ditado... Já havia contribuído com a introdução da régua no Rio Grande do Sul, aperfeiçoando a invenção de Álvaro “Pitchon” de Jaguarão e disseminando o seu uso por todo o Estado. 

O uso desse instrumento, na minha opinião, fez com que os gaúchos se tornassem precisos nos seus movimentos, superando a técnica refinada das fichas. A tecnologia superou o romantismo do esporte. As réguas são moldadas a necessidade individual de cada técnico – e isso torna o seu uso, uma eterna evolução.

Maletas sofisticadas, bonitas, práticas, duráveis, diferentes – réguas e fichas para técnicos diferenciados, tops de linha, líderes nacionais. Creio que essa é a contribuição que me faz mais feliz do que própriamente os títulos que tive a sorte de conquistar.

Para superar isso tudo, no entanto, só tem uma coisa: os amigos que conquistei! Os meus troféus estão guardados, alguns já deteriorados pela ação do tempo. Mas os meus amigos estão todos conservados e é uma alegria imensa revê-los a cada competição.

Decepção

A maior decepção foi ter sido eleito presidente de Confederação Brasileira de Futebol de Mesa em 1998, no Rio de Janeiro e não ter desempenhado o cargo.

Quando fui escolhido pelas Federações Estaduais para ocupar o mais alto posto no esporte tinha muitas idéias, muitos planos. Não sabia, no entanto, que o destino me cobraria a conta de ter suportado perdas tão significativas na minha vida derramando apenas lágrimas.

A dor da perda prematura de um filho, atormentado pelo casamento desfeito, triste por ter que viver longe dos outros filhos - a Renata e o Marcelo – vivendo um caos num novo relacionamento e suportando traumas, traições e toda sorte de mazelas, não havia saída a não ser sucumbir. 

A vida pessoal atingida e seriamente abalada, o resto foi conseqüência. Me afastei do esporte que amava e com isso não assumi a CBFM, deixei de jogar botão e a Associação Santavitoriense de Futebol de Mesa se licenciou. Foi uma reação em cadeia.

Parece uma sina. Quando presidente da FGFM não completei minha gestão pela morte de meu filho André. Eleito presidente da CBFM, nem iniciei a gestão e fui atingido por um drama pessoal que até hoje ainda tem alguns dividendos e cobra alguns juros...

Essa a minha maior decepção. Considero uma dívida que tenho com o futebol de mesa gaúcho e brasileiro. Não ter trabalhado mais em prol do esporte que tanto amo é uma frustração pesada que carrego. Tenho certeza de que muitas coisas seriam diferentes. Mas...

Mas a vida segue e não há nada do que se queixar. São aprendizados – É A VIDA NA SUA ESSÊNCIA! ".

22 comentários:

Vinicius disse...

Guido Garcia!!!
A verdadeira lenda do futebol de mesa... o mais técnico de todos ate hoje, em minha opinião!!!!
Foi assistindo jogos dele em santa vitoria do palmar que descobri o que seria jogar botão, não tenho palavras para acrescentar em nada este depoimento a não ser um MUITO OBRIGADO por tudo ate hoje Guido!!!!!!!
Abraço meu amigo....

Cristian Baptista disse...

Fantástico e emocionante.
Grande Guido. Parabéns pela coragem em expor toda essa história que se confunde com a história de todos nós. O Futebol de Mesa é alguma coisa que só entende quem joga e se envolve.
Grande abraço.
Grande Gothegol.
Alegria imensa em rever os amigos nesta sexta.

Caju disse...

Prezado Guido

Sua historia serve de exemplo de superação,humildade e muita resignação.Mesmo com contatos esporádicos,não ha como não deixar de desejar para ti,os melhores sentimentos que carregamos em forma de amizade e sucesso.Tenho plena convicção que todas as dificuldades da sua vida não foram em vão,existindo sim,um fortalecimento moral e mostrando como vc mesmo diz no fim a "essencia" da nossa existência.

Forte abraço e muita paz

Marcelo Caju
Franzen FM

Paulo R Schemes disse...

Reviver esta história de vida que mostra um homem forjado a ferro e fogo, dá-nos o verdadeiro sentimento do poder de recuperação e de força. Deus quis que eu fizesse parte desta história, e por amizade, por reconhecimento e admiração pude dar minha parcela e contribuir no re-erguimento de uma referencia. Guido, todos nós temos nossa cruzes para carregar, por mais difícil que pareça, é possível e conseguiremos, tua capacidade é infinita, já destes mostras. Apenas ousando emendar tua narrativa, vejo que destes uma contribuição valiosa e definitiva ao futebol de Mesa Brasileiro, és e sempre serás uma referencia para todos nós, quem pôde conviver contigo sabe o quanto isto é valioso e enriqueçedor. Um grande abraço MEU CAMPEÃO DAS MESAS E DA VIDA!!!

Daniel disse...

Pai, Pai.
Tu es meu amigo, meu pai, meu irmão.
Foi e sempre serás exemplo a ser seguido.
Um grande abraço...
Dani Junqueira

Maurício disse...

Guido ou melhor MESTRE GUIDO foi sempre um exemplo a ser seguido, como propio citou no seu depoimento tem lambanças que ficam gravadas na retina e a minha foi o discurso que ele concedeu após a final do campeonato estadual juvenil em Santa Vitoria do Palmar, na ocasião eu tinha 12 anos e fui derrotado na final, porem após p seu discurso ele fez eu me sentir o CAMPEAO, jamais esquecerei as palavras ditas por ele naquela tarde de domingo...
Guido do fundo do meu coração tu és um MESTRE para mim nas mesas e fora delas principalmente!!!
Hoje estou divido entre tristeza e alegria, pois antes de ler esta magnifica e emocionante matéria, eu acabava de receber um triste noticia do falecimento de um grande amigo que tenho.... FORCA Robson!!!
Parabéns equipe Gothegol pela matéria!!!

Um forte abraço e espero rever todos amigos sexta em POA!!!

Mauricio Ferreira (Chambinho).

Cristian Ferreira da Costa disse...

Eu estava no fronteirão quando aconteceu o acidente com o filho do Guido e até hoje é algo que me choca. No início dos anos 90 teve uma bola branca em Alegrete e assisti alguns jogos do Guido. O cara jogou muito, mas muito mesmo. E hoje eu repito sempre nas associações onde eu jogo: o melhor que eu vi jogar foi o Guido!!

Maurício disse...

Desculpem pelo erro de digitação anteriormente...me referi ao falecimento do pai de um grande amigo.

Mauricio Ferreira (Chambinho).

PANDA_PEL disse...

Depois de ler essa grande matéria relatada por um grande botonista, pode se dizer assim A LENDA VIVA do futmesa no qual eu tenho um carinho imenso por esta pessoa, que sou fã deste os tempos que eu só via jogar nas mesas desse rio grande do sul afora no qual tambem tive o prazer de enfrentá-lo (vou tirar uma casquinha tambem não sou bobo ganhei dele hehehehe)resumindo tudo isso que relatei aqui só posso dizer uma coisa ao meu grande amigo SR.GUIDO STEIN com certeza meu caro amigo:
__ O FUTEBOL DE MESA AGRADECE POR TUDO QUE VC FEZ E FAZ AINDA POR ESTE ESPORTE, ASSIM COMO NÓS BOTONISTAS DESTE RIO GRANDE IMENSO UM FORTE ABRAÇO E QUE NUNCA DESISTA DE AJUDAR O FUTMESA.ABRAÇÃO A TODOS EM ESPECIAL AO EDITOR DO GOTHE GOL só poderia ser gothe gol fui!!!!!!!!!

Fernando Tillmann disse...

Grande Guido sem dúvida um Mestre do Futebol de mesa, um carater imenso.É um prazer enorme ter conhecido e convivido com ele em torneios e viagens.
Um grande Abraço.
Meus sentimentos ao Robson.

julio disse...

A uns dois anos atras tive a oportunidade de conhecer o Guido, simplesmente um dos caras mais fantasticos que conheci, pela simplicidade, pela humildade deste ser tao iluminado. E com lagrimas no rosto que escrevo estas palavras, pra mim voce e simplismente fantastico, um dos caras mais fantasticos que conheci no meio botonistico. Olha agradeço a Deus por ter me fornecido a oportunidade de conhecer voce. Um forte abraço meu amigo.

Edu Caxias disse...

História de vida marcado à ferro em brasa.
Parabéns pela repostagem...sem dúvidas a melhor de todos os tempos do blog.

Abraço

Edu Caxias

Unknown disse...

Parabéns à todos ! O Guido é ícone,o Paul McCartney do botão,acima dos mortais.Só quero te dizer uma coisa alemão,tu não joga grande coisa,mas já existe botão antes e depois do teu blog.Cada dia ele fica mais impossível de não ler.Arrasou.

Rodrigo Bernardes disse...

Sinônimo de perseverança, superação, respeito e amor ao próximo. Quem teve o privilégio de conviver contigo sabes o quão forte é a tua luz.

Como um sábio amigo me disse recentemente: Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos.

Te admiro muito. Um abraço forte no teu coração, meu amigo.

PTC Futmesa disse...

É claro que eu não poderia deixar de registrar toda minha admiração pelo Guido, um exemplo a ser seguido, dentro e fora das mesas.
Mas o que me causou imensa surpresa é de absolutamente ninguém ter mencionado uma das mais marcantes características do Guido: a GULA. O cara come tanto, ou mais, do que jogava. Ele continua jogando, agora mais relaxado um pouco, mas continua comendo mais e mais...

CACO disse...

Pouco resta para dizer quando o próprio personagem fala na 1ª pessoa e com tanta sinceridade e de peito aberto, com o coração exposto.
Deixo como depoimento uma breve história onde tb fui personagem. Em 2006, Guido foi convidado para um torneio em Bagé em comemoração ao aniversário de uma rádio local. Aceitou o convite desde que pudesse levar junto outros parceiros do dep.
E, para lá seguimos, Guido e mais 3 neófitos e pretenciosos botonistas, eu, Rogérinho Feijó e Fernando Fof.
Domingo pela manhã lá estavamos eu e Guido disputando o 3º lugar da competição, e o resultado final teve vitória do Guido.
Na hora da premiação não havia troféu para o 4º lugar e Guido ao receber seu prêmio, gentilmente agraeceu e pediu premissão aos organizadores para me ofertar o troféu. Nosso herói teve a sensibilidade de perceber o que representaria para mim não voltar de mãos abanando depois de tamanha "façanha". Guido, este troféu tem um lugar especial na minha "estante" e principalmente em meu coração.
Grande abraço.
E até sexta feira.

Nanati disse...

Este é o MEU PAI, MEU HERÓI, MINHA VIDA, meu TUDO...apesar de todas dificuldades sempre dando exemplos e recebendo a admiração de TODOS
TE AMO VÉIO!!!!
Junior...ele continua comendo muita laranja hsuahsauhsuashasaus
ROBSON um irmão adotivo...MEUS sinceros SENTIMENTOS!!!

PTC Futmesa disse...

Gothe;

E agora, como vais fazer para "colocar pra baixo" a matéria referente ao Guido?
Me permito dar uma sugestão:
criar um link "Matérias Especiais - Cromo Gothegol Guido", ou algo deste tipo.

O que não pode é "cair no esquecimento" uma matéria tão especial e com tamanha repercussão.
TE VIRA CAMARADA!

Guido - Maletas para Futebol de Mesa disse...

Hoje foi um dia muito difícil - parece que personificando o que relatei acima. Ao mesmo tempo em que ia lendo comentários tão especiais, com palavras tão significativas, com histórias que já nem me lembrava mais, com depoimentos que me emocionaram, enfim... com tudo isso, minha alma emudeceu. A partida do meu querido amigo Deni, silenciou as cores e o dia se cobriu de cinza. Lembro como se fosse hoje, Robson com apenas 13 anos foi confiado a mim por ele e pela Marlene, sua esposa, para que viajasse Rio Grande afora e até pelo Brasil. Nunca me recomendou nada em especial - seus olhos diziam tudo. Hoje se fecharam para sempre. Seu espírito ganha a imensidão do infinito na companhia, por certo, dos mensageiros divinos. A Robson e Gelson o meu carinho.
O que dizer a todos que se manifestaram com tanto carinho?
Muito obrigado!
Obrigado Gothe, por homenagem tão especial.

lhroza disse...

LH.ROZA..."Quem pensa muito faz pouco. As pessoas entram em nossa vida por acaso, mas não é por acao que elas permanecem."... GUIDO por tudo o que tb já passamos, você muito me inspirou para contiuar ha bater uma bolinha, como dizia o ELY,la na sua Rio Grande-RS...Um forte abraço

Blog do Manchester United by Cristiano disse...

Guido,
O mestre das réguas. Minha tragetória nas mesas mudou depois que comecei a jogar com aquela régua laranja que fizeste. Realmente, o que é feito com amor cabe-nos ressaltar. Abração meu amigo e que Deus permita que sempre tenhas saúde para estar em torno das mesas e na presença dos amigos.
Cristiano Gularte
São Leopoldo - RS
AFM Caxias

Robson Betemps Bauer disse...

Guido, mesmo estando em pedaços, pois perder o maior amigo e companheiro da minha vida, me machuca muito pois vc sabe o que ele representava em mimnha vida. Estou me sentindo como nunca me senti antes, mas mesmo assim, preciso escrever algumas palavras porque é para vc. Desculpe se não estiver escrevendo coisa com coisa, mas não apenas eu devo minha vida no futmesa a vc, como toda nossa associaçao de Santa Vitória e grande parte do futmesa gaúcho também deve.
O que sou no futebol de mesa, são muitos princípios e ensinamentos que recebi de meu querido pai e de minha mãe, porém, vc me ensinou toda arte do futebol de mesa, arte de cima da mesa e principalmente a arte de fora da mesa, conquistando amizades e verdadeiros irmãos por onde quer que passemos. Confesso que na terça a noite estava acessando o site a cada minuto para que pudesse dar o primeiro depoimento, mas infelizmente não consegui, pena, pois assim acho que não conseguirei transmitir tudo que sinto por vc e tudo o que vc representa para mim. Quando vc me chama de filho e eu digo que vc é meu segundo pai não é atoa. Infelizmente não conseguirei jogar este Brasileiro, não pela vontade de meu pai, que seria de jogar a qualquer custo pois ele era meu grande incentivador e conhecia as amizades que tenho e que me faria muito bem neste momento.
Mas não conseguirei.
Peço desculpas pelas palavras emocionadas, mas que representam o quanto esta lenda viva do futebol de mesa nacional representa para mim e para minha família.
Agradeço a todas palavras e mensagens de carinho dos amigos nestes últimos dias, agradeço também a força presente dos amigos Vinicius e Julio neste momento difícil. Sei que alguns gostariam de estar presentes mas eu não poderia deixar isto acontecer neste momento com todo cenário que está passando meu amigo Guido !
Amigos de Santa Vitória, Umberto e Vinicius, peço que repensem a decisão de não participar deste campeonato, por favor.
Mas enfim...está sendo muito difícil escrever, mas quando se fala em GUIDO GARCIA, recebo forças que achava que não tinha.
Abraço Guido e parabéns por esta justa homenagem.
Gauchada, conto com vcs para buscarmos estes títulos e concretizarmos a hegemonia nacional, agora também no liso.
Boa sorte !