quinta-feira, 27 de novembro de 2008

AS SOMBRAS DE UMA COMPETIÇÃO


Disputada no último final-de-semana em Pelotas/RS na sede do COP, a Taça RS teve Leandrinho da Riocell/Aracruz como Campeão, Silvio da Riograndina como vice-campeão, Careca da Franzen em 3º, e Jeferson do COP na 4ª posição.

Competição duríssima do calendário Gaúcho, é disputada pelos 2 melhores jogadores de cada uma das entidades filiadas a FGFM, e invariavelmente leva ao título um técnico de grande qualidade, o que desta vez não foi diferente. Os botonistas que fizeram a final, não parecem merecer contestação.

Mas a Taça RS 2008, como tantas outras competições, teve também lances não tão claros aos olhos das arquibancadas, o que dirá dos internautas. Já surgiram insinuações de resultados não tão naturais quanto se supunha tivessem sidos, abandonos injustificáveis, ocorrências que revelam desajustes. Não houvessem acontecidos e talvez a foto dos vencedores, não guardasse para a história exatamente todos os mesmos personagens.

Parte disso com certeza é da natureza de acirradas disputas, outra de regulamentos que poderiam ser mais restritivos à manobras, e também a uma ausência maior de comando dos responsáveis pelo campeonato. A presença da Direção da FGFM no evento, pode ser classificada no mínimo como tímida, resumida a dois componentes do seu grupo principal, pelo que se teve conhecimento. Não há dúvida que uma competição do porte de uma Taça RS, encerrando uma temporada, exige da Federação a coordenação de seu Diretor-técnico e de seu Presidente, ou seu vice, e de fato esta realidade deve ser registrada.

Um evento mais transparente, melhor divulgado e acompanhado, inibe determinados movimentos, mas nunca a divulgação do esporte foi item considerado fundamental pela oficialidade que dirige o Futmesa do Rio Grande do Sul.

É claro que o jogo de equipe existe em qualquer esporte e modalidade, e que mesmo condenado por muitos, ainda encontra alguma razoabilidade aos olhos de outros. Mas ao que parece, e por aquilo que o Gothe Gol colheu na conversa com vários dos técnicos envolvidos, não foi de fato o que se passou na Taça. Os interesses não se limitaram ao jogo de equipe, mas a integrantes de entidades diferentes, e então não encontrariam qualquer amparo, ou flexibilidade favorável de leitura e interpretação.

Fala-se de possíveis instrumentos que possam amenizar tais desconfortos, que desacreditam posturas e competições. Talvez a hierarquia do ranking já existente pudesse ser utilizada como fator de desempate dos confrontos, em detrimento dos resultados unicamente do campeonato em disputa. Seria um mecanismo compensador e mitigador de arranjos eventuais, essa é uma idéia que nós estamos lançando para o debate, e um elemento a mais para as entidades levarem em consideração na definição dos seus representantes. É preciso dizer que não há modelo perfeito, sempre haverá margem para algum resultado suspeito.

Quanto a quem se descompromissa por estar fora da fase seguinte, deixando de jogar o que a tabela havia previsto que jogasse, não há outro remédio que não seja a exclusão do jogador de evento idêntico da próxima temporada. Afinal, o compromisso deve ser o mesmo antes e durante a competição, e a punição em pontos deveria atingir a entidade do faltoso, para que a Direção repensasse o uso deste técnico em outra oportunidade. Deve ser resguardado neste caso, evidentemente, hipóteses de limitação de saúde acontecidos no decorrer dos jogos, ou emergências pessoais.

A intenção, é a de estabelecer o debate a partir dos acontecimentos da Taça 2008, talvez mudanças precisem ser inseridas. Pode existir a necessidade de uma atitude por parte da FGFM, talvez não. Talvez em relação a própria conduta pouco presencial dos seus dirigentes, talvez.

Mas a máxima de que o jogador sabe, se tem em sua prateleira, algum troféu que não deveria estar lá, não mudará, independente de que ajustes possa se fazer para o futuro. Pode ser que a foto dos premiados da Taça RS 2008, acabe servindo, além de peça para contemplar os vencedores, também para que se comente que "aquele" técnico, talvez não devesse estar presente na imagem.

Ou quem sabe as reclamações serão apenas a dor de quem não chegou na zona de premiação ? Quem sabe...

Quem conhece o esporte, no entanto, sabe que esta última suposição, que não podemos deixar de levantar em tom de questionamento, é muito pouco provável. O que se percebe segundo o que foi apurado dos vários atores envolvidos, é de que as insinuações tem uma boa base, mesmo que não se possa afirmar, com que intensidade elas colaboraram no resultado final. Mas os indicativos, é de que tiveram a condição de mudá-lo em parte, não a parte mais importante, mas ainda sim, infelizmente.

As fotos dos álbuns, blogs, sites e orkuts neste caso, talvez merecessem uma pequena maquiagem, uma manobra no photoshop, tal qual as manobras feitas nas mesas de jogo. Isso é claro, se a maquiagem tivesse o poder de operar uma correção da história.

3 comentários:

Michelle Vitola disse...

Oi, Ricardo!
Adorei o Blog...e apesar dos milagres da maquiagem...não é possível tal façanha...rsrsrsrsr
Beijo Grande,

M.

Osmar disse...

Diferente do que escreve o editor, a FGFM esta sim representada na Taça RS, não por seu Presidente ou Vice, por impossibilidades que não cabe registrar, mas sim por olheiros atentos e compromissados com a FGFM, com seu Presidente e com o esporte.


Abraço
Osmar

Anônimo disse...

Na próxima eleição para a FGFM vou votar num olheiro, já que o pessoal votado pelo jeito não tava na Taça mesmo como confirma o Osmar.