Apontada como uma das favoritas desde o princípio, não só pelo Gothe Gol, mas por outros que teceram comentários anteriores a competição, a Franzen de Careca (foto), não decepcionou. Teve um início que preocupou, pareceu em dado momento que ficaria de fora das semifinais, mas mostrou além de qualidade, poder de recuperação, mobilização, ou seja, grupo. Mais do que a vitória na decisão diante da Pelotense, fica marcada pela extraordinária virada sobre o fortíssimo COP. Foi neste instante que anunciou aos adversários, que dificilmente deixaria o título escapar. Não escapou.
O contrário pode se dizer da Pelotense, que apesar da tradição, nunca figurou neste campeonato entre as favoritas. Exceção feita a Piruka, não contava com jogadores consagrados, mesmo que competitivos. Lembro que falamos que a camisa poderia pesar, e para a felicidade da Pelotense, pesou. Time sobretudo de muita garra, mereceu chegar a decisão.
Já o Círculo Militar de Porto Alegre, com Paulo Schemes, Nilmar, Leandrinho, Junior e Brandão, impunha respeito já no papel, e era tido como um forte desafiante aos favoritos. Confirmou isto com bom jogo e muita regularidade em alto nível que a levou ao 3º lugar. Surprendeu em parte por não chegar a decisão, e a expressão de decepção de seu grupo ao final, foi nítida. Grande força sem dúvida e ótimo campeonato.
A AFUMEPA mostrou estrela e depois da cair de 3 para o Grêmio na estréia, chegou a foto dos premiados com um 4º lugar que surpreendeu à todos, pelas vitórias sobre Academia e Riograndina que contrastaram com a dificuldade de bater o União e pelo bom desempenho contra a Franzen nas semifinais. Aproveitou bem a brecha da vacilação principalmente dos Tricolores e também de Academia e Riograndina.
Mesmo sem Degani a Riograndina é mesmo forte, mas pareceu menos focada do que em outras oportunidades, menos vibrante até. Só não caiu para o Grêmio na despedida pela falta de pontaria dos botonistas anfitriões. Faltou o brilho com que se apresenta sempre nas competições e que certamente deve retornar na próxima, com muita rapidez.
A arrancada foi excelente e nada indicava que o Grêmio ficaria fora das semifinais. Precisando de uma vitória nos 2 jogos que restavam e sem depender de resultados paralelos, o fenômeno do Grêmio nos gramados repetiu-se na mesa. O time criou várias oportunidades e desperdiçou todas, ao contrário dos adversários que assim cresceram. O vacilo valeu a eliminação do G4, em campeonato onde estava em ótimas condições de brigar pelo título, mas onde decepcionou no momento de definir.
A história do COP foi bastante parecida, arrancou somando 6 pontos com duas vitórias por 3 gols e depois de cair para a Franzen pelo escore mínimo, escorregou no empate com a AFUMERG ficando de fora das semifinais.
A Academia também ficou pelo caminho com uma campanha muito distante do que dela se esperava. Com um time de muita qualidade e jogadores experientes não lembrou em nenhum momento outras memoráveis jornadas.
Os 6 pontos da AFUMERG podem até mesmo ser festejados como um bom rendimento na competição. Distante do time campeão de outros tempos, não se tinha grandes expectativas em torno de seus resultados.
União e Encruzilhada chegaram ao campeonato para ganhar experiência e vão trilhando seus caminhos. Destaque para o União que vendeu cara a derrota para a AFUMEPA na última rodada da chave, quando precisando vencer para ter chances de chegar as semifinais, todos apostavam que o tradicional time verde da AFUMEPA fosse atropelar o União sem sustos. Não foi o que se viu, e por detalhe o União não deu a vaga para a Riograndina.
Nosso abraço aos amigos de Porto Alegre, Pelotas, Rio Grande, Caxias do Sul, Livramento, Santa Maria, Parobé, Passo Fundo, Bagé, Canoas, Novo Hamburgo, Erechim, Canela, São Lourenço do Sul e Encruzilhada do Sul no Rio Grande do Sul, Florianópolis, Londrina e Joinville em Santa Catarina, Curitiba e Ponta Grossa no Paraná, São Paulo e Osasco em São Paulo, Rio de Janeiro no Rio, Goiânia em Goiás, Brasília no DF, Belo Horizonte em Minas Gerais, Manaus no Amazonas, Felgueiras em Portugal, Suzuka no Japão e Belgrado na Sérvia.
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