terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O MEIO


Mais do que a chegada do atacante argentino Maxi López ao Grêmio ontem (foto), o grande debate no tricolor entre torcedores, internautas e jornalistas, parece ser a formação do meio campo do time, principalmente para a Libertadores, agora com a ausência de William Magrão, abatido por grave lesão sofrida diante do Avenida pelo Gauchão, no último domingo. Magrão ficará afastado pelo menos 6 meses do grupo em função do rompimento de ligamentos no joelho, incidente muito comum no futebol atual, infelizmente.

Excetuado o infortúnio pessoal e profissional do atleta, parece que o técnico Celso Roth vai poder por vias absolutamente inesperadas acertar seu time, porque vinha insistindo na escalação de um jogador tecnicamente limitado, que de mãos dadas com o agora "russo" Rafael Carioca, vinha sendo já em 2008, responsável pela armação de 80% dos contra ataques dos adversários, e bastava um atento scout, para que os dados fossem confirmados, isto sem citar o gol contra no clássico, chave de ouro de suas atuações desastrosas. Para o nosso colunista Rafa Tosh, que enviou email ao Editor, escalo o meio campo do time, mais do que isso, escalo o time para a estréia na Libertadores, é claro que deixando em aberto, que outros jogadores do grupo atual irão brigar pelo seu lugar, na sequencia da competição. Victor, Leo, Rever e Rafael Marques; Ruy, Adilson, Souza, Tcheco e Fábio Santos; Jonas e Alex Mineiro, no 3-5-2.

Nossa crítica a dupla Rafel Carioca e William Magrão foi sempre contundente, desde o tempo em que a mídia e a maioria dos torcedores diziam que eles, eram os responsáveis pelo bom momento do Grêmio no brasileiro de 2008. Se resgatados os jogos diante do Figueirense e Goiás no Olímpico, para ficar apenas nesses dois, o Web-leitor confirmará as bases de nossas críticas, pontos perdidos por causa da dupla, que teriam nos tornado com alguma folga, campeões nacionais.

RONDONÓPOLIS

Diante de um adversário onde seu Presidente é sócio do clube, e em estádio em excelentes condições, onde o gramado é melhor do que o do Beira-Rio, o representante Gaúcho da capital na Copa do Brasil não deve ter dificuldades de liquidar a fatura da 1ª fase sem a necessidade de um jogo de volta. O União Rondonópolis de Mato Grosso é para cumprir tabela, e os jogadores chegarão em voo charter de 145 mil reais, enquanto a mesma viagem custa 45 mil reais em voo de carreira. Sobra dinheiro nas proximidades do Guaíba, a obrigação é ser campeão da Copa do Brasil (sua segunda), e obter uma vaga a Libertadores pelo atalho, para continuar sonhando em igualar-se em títulos continentais com o Tricolor.

BRUNO SENNA

Não fosse o fato de acontecer numa equipe em crise, a ex-Honda de Barrichello, seria uma grande notícia a confirmação de Bruno Senna na Fórmula 1 desta temporada. Fica a esperança, já que Massa mesmo a bordo de uma Ferrari, como Barrichello já esteve, não consegue ser campeão. Quem sabe o sobrinho de Ayrton não faça milagre em 2009, e na sequencia consiga um contrato em uma das grandes.

BRASIL PE

Nas atrações da noite no encontro do Grêmio com o Xavante pelo Gauchão, além das novidades Tricolores, como Heverton na zaga, Douglas e Isael no meio, e Herrera começando o jogo ao lado de Reinaldo, no Brasil tem Danrlei no gol, o bom Magno no meio e Porcellis, bom atacante do co-irmão. É conferir às 20:30 hs no Olímpico.

FUTMESA

Tudo leva para a realização do jogo do Grêmio nas quartas de final do 1º turno do Gauchão diante do Juventude no sábado de carnaval. Portanto, desta vez de fato, o Futmesa do Tricolor não abrirá, e a última etapa do Circuito Grêmio Futmesa Verão 2009, ficará mesmo para o dia 28 de fevereiro. Vamos esperar para conferir.

ECONOMIA

Alguns fatos demonstram que por mais que os bolsas famílias proliferem por aí, só mesmo uma efetiva distribuição de renda pode diminuir as diferenças sociais, em qualquer país do mundo, com a participação de governos ou da iniciativa privada.

Um exemplo singelo está na atitude de um empresário da Flórida nos Estados Unidos, que distribuiu entre seus funcionários, 60 milhões de dólares, parte do que obteve com a venda de suas ações do banco que dirige (tornou-se acionista minoritário). O dinheiro chegou aos seus 399 colaboradores, inclusive 72 ex-empregados que foram rastreados, porque o empresário entendeu que não foi apenas ele que construiu o sucesso da empresa que dirigia. Levando em conta critérios que levaram em consideração tempo de serviço e produtividade, alguns receberam até 100 mil dólares, ou mais.

Alguém imagina aqui no Brasil, um empresário dividindo os seus lucros com seus funcionários, portanto, na prática dividindo renda ? Infelizmente aqui, quando o governo reduz um imposto, esta vantagem não é repassada ao consumidor, que dirá beneficia os empregados. O que o empregador faz, é incorporar a "vantagem" na margem de lucro.

Diminuição das diferenças sociais sem real redistribuição de riquezas, é apenas a aplicação de programas, que tornam o cidadão e o eleitor, cativos. Redução de juros e tributos sem real repasse a consumidores e trabalhadores, é reforçar estas diferenças. Se alguns hoje comem melhor no Brasil, é porque são reféns do governo, e a crise econômica mundial com certeza não ensinou nada a inciativa privada brazuca. O país não é melhor do que nos tempos de Washinsgton Luís, Getúlio Vargas, JK, Jânio, Geisel, Sarney, Itamar, FHC e Lula, e culturalmente com certeza não saiu do lugar em sua base social, onde estão os nossos empresários.

SALDANHA

Entre amigos e detratores, muitas eram as brincadeiras sobre as histórias contadas por João Saldanha, e que viraram lenda. Segundo João, ele estava ao lado do General Montgomery no desembarque do dia D na Normandia, episódio decisivo na 2ª guerra mundial. Esteve com Mao por pelo menos 3 vezes na revolução chinesa durante suas visitas, jogou nos juvenis do Botafogo e excursionou pela europa, enfim, entre outras tantas. Considerado fantasioso por muitos, a pesquisa sobre sua história mostra que esteve pelo menos perto de tudo isso, e que nada talvez possa ser confirmado, e que a graça da vida de Saldanha estava mesmo em contar histórias fantásticas, que jamais poderão ser atestadas, mas que jamais poderão ser integralmente questionadas. Afinal, os gênios e os diferentes são assim, e Saldanha é do naipe de Nelson Rodrigues, Stanislaw Ponte Preta, Armando Nogueira, entre poucos.

4 comentários:

Academiafm disse...

Interessante a economia também fazer parte do repertório de assuntos aqui divulgados. Sendo assim, vamos ao debate...

Entendo que o empresário brasileiro que dividir os lucros oriundos da diminuição de impostos entre seus funcionários perderá competitividade para um concorrente qualquer que, em virtude desta “vantagem”, possa praticar preços mais competitivos.

Entretanto nossos empresários, ao invés de dividir o lucro proporcionado pela redução, usam essa “vantagem” para investir em produção, estrutura, pessoal e qualificação, o que acaba “movimentando” a economia e gerando empregos. Exceção feita ao momento atual, com tendências de recessão.

Abraços,
Vinhas.

Rafa Tosh disse...

Tenho muita saudade do Rafael Carioca, assim como do Eduardo Costa. Não sou fã do William Magrão, e acho que neste ano ele vem jogando muito mal. O problema é que ele tem uma boa rodagem e experiencia, o que é fundamental para um volante e ainda mais na libertadores. Acho o Adilson um jogador promissor, e talvez seja até melhor do que o W. Magrão, mas receio dar a condição de guardião da defesa do GRÊMIO de uma hora para outra à beira da libertadores. As chances que ele vem recebendo este ano, apesar de ter atuado relativamente bem, não foram de entusiasmar ninguém, afora o camarada editor. Se não contratarem ninguem para o lugar, é indispensavel que a torcida apoie Adilson até ele se firmar. Potencial ele tem.

Rafa Tosh disse...

Agora, se o Roth inventar de colocar o Maylson como primeiro volante,será pura invenção. No grupo, o único que pode atuar como primeiro é o Adilson, afora o limitado Diogo.

GOTHE disse...

Agradeço os comentários e acrescento, não acredito pela experiência que tive tanto na iniciativa privada quanto no setor público, em distribuição de renda que não se dê na base e de forma direta. No setor privado europeu e da américa do norte, mais Japão e Coréia do Sul, é essa hoje a prática, seja no acréscimo dos salários, ou aumento do número de salários, ou no repasse de ações preferenciais da própria empresa ao seus empregados, o que estimula a produtividade ao dividir responsabilidades na tarefa de acrescer valor a marca. Os investimentos em produção, pesquisa e qualificação são fundamentais, mas não devem colidir ou competir com a distribuição direta de ganhos, lá já concluíram que não resultam na prática no aumento da renda do empregado e a consequente satisfação pessoal destes, ou seja, não é útil como política de pessoal, e mantém a concentração de renda, sem dúvida. É claro que no momento precisamos ver estes conceitos sob a visão da atual crise globalizada, os consideremos sob condições normais, onde nem nadando em águas favoráveis o empresariado nacional, guardando-se honrosas exceções, preocupou-se em dividir renda de forma direta, em toda a sua história. Na área governamental enquanto a máxima for dar o peixe para manter o pescador fiel, com certeza não teremos uma mudança significativa do quadro do pais. O Brasil segue oligarca, pois a "esquerda" gostou de governar, e as transformações ficaram para "depois". O episódio da eleição das presidências das casas legislativas com a intervenção política do gabinete da Presidência da República, são provas cabais desta continuidade. Mas é importante que esses debates aconteçam em todos os lugares, nos fóruns tradicionais, na mesa de bar, no blog de Futmesa, em todas as oportunidades.

Um abraço do editor.