quarta-feira, 5 de março de 2008

CLÁSSICOS - OS DERBY'S QUE SE NEGAM A MORRER


Há pelo mundo milhares de clássicos que emocionam e movem multidões no futebol. Em Milão Inter e Milan, em Turin Juventus e Torino, na Espanha Real e Barça, Na Turquia Fernerbahce e Galatasaray (ilustração), aqui GREnal, Cruzeiro e Atlético, Palmeiras e Corínthians, Flamengo e Botafogo, na Argentina River e Boca, no Uruguay Penharol e Nacional e tantos outros. Todos cheios de histórias, lendas, contradições e decisões inesquecíveis.

Mas para ser um clássico, nem sempre é preciso que estes decidam algo, aliás muitas das vezes eles não decidem nada, apenas por motivos diferentes reproduzem rivalidades, algumas até mesmo inexplicáveis e isso serve para qualquer esporte.

No Futebol de Mesa não é diferente, muito menos no Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. A prova está que temos por lá alguns clássicos bem conhecidos, e não se sabe exatamente por que. O Gothe Gol mostra aqui para o Web-leitor alguns deles e suas "clássicas" razões.

BODÃO x TOSH

É um exemplo perfeito de clássico que nunca decidiu nada, mas que nem por isso perdeu o status. Um colorado e outro Gremista, isso seria suficente para marcá-lo, mas não é apenas isso. Na realidade grandes amigos, Jeferson Lucas (Bodão) e Rafael Baccin (Rafa Tosh) fizeram de intermináveis jogos entre eles uma rivalidade que pipoca nas mesas a cada confronto. Em comum ? A distância de ambos das decisões e a marca dos apelidos. Rafa afirma que não há rivalidade, afinal ganhou quase todos os jogos. A afirmação por si só reforça o clássico, ou não seria necessário fazê-la.

MACEDO x FOSCA

É o clássico do sorriso do lagarto. Ninguém quer perder num encontro como esse, que normalmente é jogado entre frases que mais parecem pequenas agulhas de acunpuntura que vão sendo espetadas a cada lance, e de sorrisos de uma malícia inigualável que emolduram o rosto dos dois técnicos. Pergunte a Macedo se ele suporta ouvir o berro de Fosca "Moralles". É clássico, e pouco importa que nunca tenham se confrontado numa final.

SACCO x ANTONIO GILBERTO

Nenhum clássico traduz de melhor forma o inexplicável. Jogadores do bloco para lá de intermediário, fazem deste confronto um dos mais cornetas que se pode acompanhar. A folga começa bem antes da partida, estende-se por um jogo falado o tempo todo, cheio de promessas e tal, e termina sem nunca se encerrar, até que o próximo jogo aconteça.

BRENO X GOTHE

O mais famoso e ranhido derby do FM do Grêmio, sobrevive hoje muito mais de um passado já lendário e fantasioso do que de um presente de disputas que decidam algo. No ano passado até decidiram uma Copa de cavados, mas foi fato raro, que pelo que se viu na abertura da atual temporada vai demorar muito a se repetir. Hoje já virou um clássico da internet, com troca de farpas nas "salas" de bate-papo, muita corneta e alegações no mínimo duvidosas de parte à parte. Se Breno se abraça incansável a um vice-campeonato Estadual em 2004 para contar que está em vantagem, Gothe se segura bravamente nos 5 títulos de cavados no Tricolor para mostrar que é melhor que o adversário. Enquanto os dois técnicos ficam nesta "briguinha" particular, outros vão acumulando títulos, e ficam entre sorrisos nos cantos da sala de jogos, mas certamente com uma indisfarçável ponta de inveja destes confrontos que fazem a história do futmesa, mesmo que aparentemente as avessas.

Infeliz daquele que não tem um clássico para alimentar, pois é uma chance a menos de se divertir praticando o seu esporte favorito. Longa a vida aos clássicos ! Sem eles tudo seria apenas 50 minutos de mais um jogo de botão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom este comentário. Dá gosto de ler. Parabéns!
Um abraço!